domingo, março 18, 2012

Eu sou o que posso ser.


Ah! Se eu pudesse ser uma pequena arvore que recebe o calor do sol e água da fresca chuva.
Se eu pudesse então ser o leve vento a balançar esta doce e pequena arvore e que ao toque a faz dançar.
Se por um momento eu pudesse ser o rio, sim! O rio que corre em águas cristalinas e que refresca tudo ao seu redor. Ou talvez se eu pudesse ser aquele pequeno bote a se esgueirar do balanço desse rio valente.
Se eu pudesse ser pássaro solto, ou um pequeno peixe colorido nadando por um oceano,
ou que tal uma concha? Uma frágil concha enterrada em areias quentes e macias...
Ah se eu pudesse  ser outra coisa que não eu...
Diante de tantas possíveis belas escolhas, quem iria querer ser um simples ser humano?

sexta-feira, março 09, 2012

Liberte- se.

Busque algo novo, liberte- se, quebre velhos paradigmas,velhos costumes, evolua,
busque conhecimento, busque aprender mais sobre as coisas, aprender mais sobre você,
quebre as correntes que te prendem a mesmice, se livre dos fantasmas de seu passado,
das lembranças, seja livre, seja solto, seja leve, vá com a brisa, pegue em sua mão e deixe
que ela te guie, não tenha medo do ridículo, não tenha medo dos sentimentos, seja livre,
conheça novas ideias, conheça novos costumes, saia do seu ponto de vista e enxergue
mais além, mude, se afaste do que te faz mal, sem medo, nem arrependimentos, simplesmente
faça, seja livre, escreva poemas para quem você ama, aprenda um instrumento musical,
plante uma roseira, converse com alguém diferente de você, um alguém novo, que tenha algo
a te acrescentar, se importe com alguma coisa, queira mais, queira sempre mais, mais de mais.
 Pergunte, se não sabe pergunte, e se sabe ensine para alguém que ainda não aprendeu, passe
seus conhecimentos adiante, doe alegria, doe prazer, doe paz, seja paz,
viaje, para lugares que nunca foi, para lugares que sempre quis ir, seja livre, seja você,
deixe livre... e viva.

terça-feira, março 06, 2012

afinal, quem sou eu?

Já não sei se sou o que quero,
ou se sou o que querem de mim,
se sou o erro de quem quero ser,
ou se me perdi ao procurar meu fim.
se sou o que então desejo,
fica fácil encontrar,
um lugar onde a brisa que cerca
me deixe livre para voar
já não sei se estou onde espero
ou se estou onde tenho que estar
se sou eu que decido onde vou
ou você que me manda ficar
se estou onde então desejo
fica fácil encontrar
um lugar onde a brisa que cerca
me deixe livre para voar

segunda-feira, março 05, 2012

Ao toque das sombras.

E o mundo ao meu redor desbota e perde a cor.
O morango já não tem mais sabor.
A arvore esta seca.
O cacto esta molhado.
Paro quando deveria andar e falo quando deveria estar calado.
Não ouço mais os sinos que antes acalmava o espirito. Nem vejo o pássaro a voar. Onde foi a bela ave? Foi em busca de morangos? 
Não seja tola, não vês que de nada adianta?
Pobre bicuda, morreu de desgosto eu penso.
Mas o rio continua faceiro, ah! esse não perde a viagem.
Vai regar mais cactos é?
De qualquer modo a estrela já caiu, eu mesmo a vi.
Estava deitada e serena quando cheguei, mas morta.
Nem chegou a ver meu mundo desbotar.

domingo, março 04, 2012

Gritos do silencio.

Minha alma grita
 meu peito sufoca
 minha garganta seca,
 minha mente caminha,
 onde meus pés não alcançam chegar,
 a minha certeza,
 e que estou confusa,
 o tempo segue em frente,
 e me abandona onde eu não mais quero estar,
 meu pensamento eleva,
 meus sentimentos elevam,
 meu pensamento cai,
 meus sentimentos caem,
 minha alma grita,
 e o silencio sufoca.

Um infinito azul.

Uma imensidão tão perfeita, com suas nuvens de algodão,
desenhadas, que ganham formas desejadas,
uma imensidão tão perfeita, com sua donzela a espiar e  que quando cheia enche meus olhos
e minha alma, um infinito tão imenso que não tenho palavras para descrever,
oh céu, és essa imensidão tão perfeita.

Hoje faz chuva.

Hoje faz chuva.
Fecho meus olhos, penso na brisa,
tento senti- la. É fresca, traz paz.
Penso na chuva.
Consigo ouvi- la. Cai leve e serena, como uma melodia sussurrada em meus ouvidos.
Andando na chuva, sinto sabor de alegria.
Faz frio. São como pequenas gotas de liberdade
derramadas em minha alma carente.
Com pés descalços caminho nesta rua deserta.
Não posso ver ninguém, apenas não consigo,
mas estou feliz.
Fecho meus olhos, apuro meus ouvidos, abro meus braços, e recebo esta amostra da liberdade. A que tanto sonhei.

Falsa compreensão.

Ninguém sabe quantos espinhos você carrega em seu peito,
ninguém sabe quão forte é a saudade que você sente,
ninguém sabe o tamanho da sua dor, nem mesmo a intensidade dela,
ninguém sabe o tamanho dos seus medos, nem o tamanho dos seus sonhos,
e nem o tamanho da sua vontade,
ninguém sabe de nada, eles podem até saber nomear cada sentimento,
mas só palavras não definem pessoas.
 Sera que eles realmente te conhecem?
você pode até me entender, mas não venha me dizer que me conhece.

Carregas a dor contigo Tempo?

Certo dia, perguntei ao Tempo:
- Hey, pode levar estas duas malas contigo?
Ele olhou- me com sua cara despreocupada e respondeu- me:
- Talvez, mas posso saber o que tens nestas malas?
Não pude a ele negar a resposta, pois precisava desfazer- me deste mal.
- Nesta menor, coloquei toda magoa que vivi por estes dias, toda angustia
que tirava- me o ar, todas as lagrimas que chorei, sim, é verdade, gota por gota,
também coloquei todo rancor que ainda sentia, a frustração, o sentimento
de impotência, e aquele medo da solidão que me
assombrava a mente.
- Hum, tudo bem, posso fazer isto por ti.
- Obrigada.
- Mas e nesta outra, me parece bem grande, pode dizer- me o que guardastes nela?
- Nesta outra, guardei a Saudade, gostaria que também a levasse contigo, pois já não
posso mais carrega- la, sinto que és um fardo muito maior do que a mim.
Ele olhou- me agora diferente, com pena talvez, e com sua mais calma voz, respondeu- me:
- Sinto muito, mas esta outra terás que levar contigo.
- Por que? Por que simplesmente não a levas e deixa- me em paz?
- Porque não posso minha querida, este não é meu dever.
- Por que fazes isto comigo? Não pode simplesmente aliviar- me?
- Já lhe disse que não posso.
- E por que não pode?
E ao invés de perder sua paciência, com calma me respondeu:
- Sabes por que esta mala lhe és tão pesada?
- Por que ai carrego a Saudade.
Então, ele abriu a mala, e tirou um saco, que ao mesmo tempo que me assustava, trazia- me paz e conforto, mas que eu não sabia o por que, ao tirar aquele saco me olhou nos olhos e perguntou- me:
- Sabes o que tens neste saco?
- Saudade?
- Não, neste saco não carregas apenas Saudade, carregas também o Amor, por isso não posso leva- lo de você, como poderia eu, Apenas um simples Tempo, carregar de você algo tão belo como este?
- Mas me faz mal.
- Sim, eu sei que te faz, e sinto muito por isso, mas não posso fazer mais nada por ti.
Ao dizer- me isto, guardou novamente o saco de Amor e Saudade na Mala, deu- me aquele peso, e em seguida, pôs em mãos a mala menor que poderia levar de mim, e começou a caminhar.
Mas me veio uma pergunta em mente, que eu deveria perguntar antes que fosse embora, então a fiz:

-Sr. Tempo, como sabias que em minha mala havia também o amor?
Ele virou novamente para mim, com uma cara um tanto espantada e obvia e perguntou- me:
- E como conseguirias carregar a Saudade, se não, ao lado do Amor?


Nineteen years old.

Dos tempos que me lembro, vejo você sorrindo, sempre na companhia de suas
malandragens, era um sarrista nato, não que eu não gostasse desse seu
lado quase inteiro, pois quando nos juntávamos, pobre era o diabo alvo
de nossas brincadeiras.
Dos tempos que me lembro, não te vejo chorando, só apenas quando pedia implorando
por um pouco mais de diversão, uma diversão muitas vezes um tanto sórdida, puxada
para o cruel, mas acredito que sem intenção.
Dos tempos que me lembro, não te via como não vejo, mas hoje quase percebo,
que talvez tivesse uma solução, podia ser diferente esse seu final, e nos veríamos no natal e tudo seria como sempre foi.
Dos tempos que me lembro, agora eu sei que em seu coração não havia maldade, era apenas uma criança pedindo ao mundo as rédeas da situação, de generosidade transbordava e as vezes até exagerada, mas assim sempre foi.
De todo esse tempo de que me lembro de nada quase me arrependo, só de ter sido perversa
demais, das injustiças infantis, mas das brigas nem me recordo.
De todo esse tempo que passou eu construí a minha infância, na qual é difícil quando não
esta presente.
E nesse meu presente eu penso que devia ter dito que te amava mesmo que sentido algum fizesse no momento, mal sabia eu que um dia todo sentido faria.



“o mundo devia avisar quando será a ultima vez que verás um pessoa”



Sonhando um mundo todo meu.

Esta noite não fechei meus olhos, não consegui, fiquei deitada,
ouvindo vozes ecoarem, deve ser as dos sonhos que não tive,
tentando de alguma forma me seduzir, me tomar por inteira e me
abduzir deste mundo lúcido, e real. Até que não seria ruim, perambular
pelo mundo dos sonhos, livremente, me imagino lá, descalça, com o
vento batendo em meu corpo, não sei por que, mas imagino que quando
sonho, eu viajo, para outra dimensão, viajo para a paz, para a pureza, outro
mundo, seria este meu céu? muito talvez sim, mas um céu do qual eu
pudesse voltar sempre, apenas com o despertar de um piscar de olhos.
Quem sabe um dia eu saia desse tal mundo dos sonhos, e ao acordar
perceba que meu mundo real mudou, por completo, e se tornou o
mundo dos meus sonhos, pode acontecer, muito talvez.


Espelho do teu eu.

Não ouça a voz,
sim, essa voz que grita em sua cabeça dizendo que você não é o suficiente,
não, não de importância a ela,
ela é apenas o eco de uma sociedade deformada, com pessoas que vivem,
morrem e lembrança alguma deixam em suas lapides desonrosas,
não a escute, logo ela se acalma, ela vera que em teu peito mora
a luz da diferença, que sua sombra não existe em teu caminho,
logo ela se acalma.
Acalma- te agora, sim, ouça esta voz suave dizendo que você conseguiu,
conseguiu vencer as angustias e tuas lagrimas secar,
conseguiu dizer ao mundo que deste mundo só sairás vitoriosa,
escute esta voz que esta de bem com você, logo ficaras de bem com você,
é assim que deve ser.
Esta voz, que mais parece uma canção de ninar, ela é sua consciência,
é a ela que deves escutar, ela que te mostrara a verdade
e é ela que mostrara ao mundo a tua verdade.

Ignorante brinquedo.

Passo uma vida acreditando em uma ilusão
carrego em mim a voz de quem tem sempre a razão
é muito fácil só não tente achar um por que
abaixe a voz e siga em frente não vão ver você
Pensar para que se tenho tudo pronto, formulado
como agir, como falar e até como amar
o que importa é o que eu ganho no final do mês
eu faço tudo o que é preciso pra te agradar

tudo que eu faço é lamentar sua opinião
suas idéias não condizem com a razão
esconde o erro e vive na ignorância
mas seu final vai chegar

e eu acho melhor não tentar me convencer
o meu conceito é o que vai prevalecer
fecho minha mente e sigo só por um caminho
eu te odeio mas não me deixe sozinho
eu estou bem então não ligo para você
é assim que faço pra tentar sobreviver
a rebeldia não vai me levar a nada
o tempo passa enquanto assisto a tudo calada.

Eikasia

Pra que tanta hipocrisia?
os olhares se encontram e nada mais,
lutam por autonomia
mas estão sempre isolados em uma voz,
Tantas vidas encolhidas
nesse acido que corrói
nos deixando incapaz,
tantas mentiras escondidas
da multidão que tenta apenas viver em paz,
Não ha mais nada a temer
já que isso tudo vai passar
ter medo é deixar vencer
se deixar comandar
sempre não houve o que temer
nos que não tentamos mudar
a solução é entender
e não apenas concordar,
Eles me olham como um nada
me tratando como um lixo dentro desta confusão
não apenas com palavras
mais com atitudes sujas contaminando esta nação
mas será que somos nós?
ajudando e apoiando a libertar esses "heróis"
não é fácil resolver
Mas eu quero estar aqui pra ver o mundo enlouquecer.

O medo.

O vento sopra aos meus ouvidos
penso ouvir vozes
e isso me arrepia
não é frio
mais medo
medo do escuro
medo do que não vejo
medo do que não entendo
medo do que esta por vir
medo de viver?
Talvez.

Me sinto presa.

As vezes queria ser um pássaro
seria mais fácil para mim
voar, ser livre
e ser admirada por minha liberdade